CASP XVIII: construção de sistemas de abastecimento de água no rol dos projetos mais abordados
A construção de sistemas de abastecimento de água na Katembe, cidade de Maputo, capital moçambicana, esteve no rol dos projectos abordados durante a XVIII edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP).
O distrito municipal Ka-Tembe constitui, actualmente, a zona de expansão urbana mais apetecida da Cidade de Maputo, sobretudo após a construção da ponte que liga a baixa da capital moçambicana e aquela região.
Na mesma lista, para além do projeto de construção de sistemas de abastecimento de água, consta a construção e apetrechamento do Campus Universitário, em Tete; projeto industrial de Nacala; produção e comercialização do café, na província de Manica; bem como a produção e processamento da castanha de caju.
Num balanço preliminar da XVIII edição da CASP, o porta-voz do evento, Prakash Prehlad, apontou, ainda, como destaque das matérias mais abordadas a construção de uma unidade hospitalar; produção e comercialização de iogurte de soja; processamento de óleo e de sabão”.
Nas cerca de 35 sessões realizadas, estiveram presente empresas e instituições bancárias nacionais e internacionais, incluindo a Development Bank of South Africa, para além da Trade and Development Bank (TDB), tendo renovado o compromisso de trabalharem com o empresariado nacional no sentido de facilitar e promover alternativas de financiamento.
Uma outra componente que se destacou no primeiro dia, por exemplo, “foi o ‘marketing place’, que contou com mais de 20 produtores e fornecedores locais; foram promovidas negociações diretas com indústrias transformadoras de matéria prima nacional”.
Foi também promovido um painel de alto nível, dirigido pelo ministro da indústria e comércio, Silvino Moreno, onde debateu-se sobre as medidas do governo para transformar e inovar a sustentabilidade para uma competição industrial.
“A CTA [Confederação das Associações Econômicas de Moçambique], o BAD [Banco Africano de Desenvolvimento] e a embaixada da Itália procederam ao lançamento de um fundo de apoio para as transformações digitais para as pequenas e médias empresas”, disse.
Sublinhou, ainda, que a visão do empresariado nacional é que haja parques para zonas económicas especiais, parques para zonas francas e parques dedicados, exclusivamente, para a indústria.
“A visão é que haja parques a nível de todo o país, onde o investidor chegue e tenha lá as condições criadas para que, no dia seguinte, possa fazer suas actividades, investindo e criando empregos”. Acrescenta.
Contudo, os empresários alertam que, na criação das indústrias ou parques, não se pode pensar, somente, numa visão nacional, mas sim olhando para o âmbito da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
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