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Foto do escritorRedação

Ciclone Freddy matou mais de 100 pessoas em Moçambique e Malawi


O ciclone tropical Freddy já provocou desde domingo, pelo menos 99 mortos no sul do Malawi e oito em Moçambique, segundo os dados mais recentes divulgados.

Ao nivel do solo pátrio, pelo menos oito pessoas morreram devido à passagem do ciclone na província da Zambézia, segundo dados preliminares avançados pelo Ministério da Saúde.
Do número total de óbitos em Moçambique, sete ocorreram na cidade de Quelimane, a capital provincial, e um no distrito de Mocuba, e “há também uma considerável destruição de infraestruturas” disse à comunicação social na província da Zambézia o ministro da Saúde, Armindo Tiago.

Vários bairros da cidade de Quelimane estão sem energia e telecomunicações.

Numa conferência de imprensa em Blantyre (sul), a capital económica do Malawi e segunda cidade, o comissário do Departamento de Gestão de Catástrofes, Charles Kalemba, confirmou o número de mortos, dos quais 85 foram registados em Blantyre, escreve a Carta de Moçambique.

Além disso, 134 pessoas ficaram gravemente feridas somente em Blantyre, segundo a imprensa local, que cita Kalemba.
Segundo o responsável, cerca de 4.000 famílias foram afetadas, o equivalente a mais de 10.000 pessoas.
O Ministério dos Recursos Naturais e Alterações Climáticas advertiu que o ciclone "continuará a causar chuvas torrenciais associadas a rajadas e ventos fortes" em áreas do sul do Malawi.
Os voos programados no aeroporto de Blantyre foram cancelados e as escolas fecharam após as inundações causadas pelo transbordo de rios terem afetado áreas residenciais, cortando estradas e destruindo habitações.
De acordo com o Departamento de Gestão de Catástrofes, o ciclone poderia provocar precipitações acumuladas entre 400 e 500 milímetros no sul do país dentro de 72 horas antes de perder força na quarta-feira.
Além de Blantyre, esperam-se inundações nos distritos de Nsanje, Chikwawa, Thyolo, Mwanza, Mulanje, Phalombe e Zomba.

Este ciclone, que fez uma trajetória em arco raramente observada e é descrito como "fora da norma" pelos meteorologistas, também está a afetar Moçambique, pela segunda vez.
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