top of page
Foto do escritorRedação

Congestionamento na EN4 mina compromissos laborais da população


Por: Milagrosa Manhique O congestionamento na Estrada Nacional número 4 (EN4), tornou-se um dos maiores cancros sociais, isso porque já faz meses que a população queixa-se do tempo perdido nas longas filas de trânsito.
Se antes o problema era falta de chapas e autocarros, hoje o cenário agrava-se porque nem os próprios carros conseguem safar-se do congestionamento. É uma verdadeira anarquia que se vive na EN4 , a população é obrigada a suportar mais de 2 horas no trânsito.

Ademais, o congestionamento na EN4, não prejudica somente os utentes, pois segundo a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) alguns chapeiros abandonam as rotas da EN4 por conta do tempo gasto no trânsito e a má mobilidade de viação, deixando, assim, a população em uma situação alarmante, isso porque além de aguentar o tempo de espera no trânsito, os utentes ficam com meios escassos de locomoção.
Devido ao aumento exponencial de camiões na EN4, alguns utentes vêm-se obrigados a permanecer dentro do transporte por mais de duas horas, correndo o risco de chegar atrasados aos seus compromissos laborais. Para atenuar a situação, alguns utentes que vivem na Mozal, usam vias alternativas, como Malhanpsene e liberdade, mas mesmo assim o problema prevalece. Actualmente, a única solução tem sido acordar muito mais cedo para não comprometer os seus compromissos. O tempo de espera dentro do autocarro é infernal, isso porque nem todos têm a oportunidade de estar sentado nos assentos do autocarro, a maioria viaja em pé, com as mãos estendidas no corrimão ou nos assentos do autocarro por mais de duas horas. Já os que usam os "chapas", são os mais sacrificados pois viajam inclinados. Já imaginou ficar duas horas inclinado dentro de um "chapa" quente e apertado? "É duro demais", afirmou Henricliton Vilanculos, estudante universitário, que também usa a EN4 para chegar à faculdade. " Pra mim é duro demais ficar inclinado dentro do chapa durante quase duas (2h), chego na faculdade muito cansado e com a coluna a doer. Fico feliz quando consigo subir TPM [Transporte Público de Maputo], pois lá, pelo menos, tenho um corrimão para apoiar as mãos e não sou obrigado a ficar inclinado", lamentou Henricliton. Por outro lado, há quem já esteve prestes a perder oportunidades de trabalho devido ao trânsito na EN4, depois de meses colocando CVs nas empresas, Paulo Américo, nome fictício, chegou atrasado para uma entrevista de trabalho. “Eu acordei muito cedo, subi um chapa aqui na Matola Rio às 06h e alguns minutos, quando cheguei na Shoprite a entrada estava cheia de carros perfilados, fiquei lá durante 2h de tempo. Quase que perdia a minha entrevista de trabalho, o pior de tudo é que eu estava inclinado, desci do chapa cansado e preocupado. FEMATRO prevê escassez de chapas na EN4 Com o congestionamento na EN4, a tendência de muitos chapeiros é de abandonar as rotas que circulam na EN4, com isso, à população continua sendo prejudicada, pois além de aguentar o tempo de espera dentro de uma viatura, poderão enfrentar um outro problema que é a escassez de meios de locomoção para a população. O presidente da FEMATRO, Castigo Nhamane, acredita que o congestionamento na EN4 afugenta os chapeiros, o que configura-se em mais um problema para a população.
"O congestionamento na EN4 é pior que de qualquer outro ponto em Maputo, para além de levar muito tempo a fazer o trajecto, o congestionamento aumenta despesas e o consumo dos "chapas", em termos do gasto do gasóleo, desgaste da embreagem dos travões”, disse acrescetando que “isso faz com que alguns chapeiros mudem de rota. Essa é uma situação extremamente preocupante, porque temos estudantes naquela zona", explicou Castigo Nhamane. Obras de construção da terminal intermediária na EN4 registra atraso de dois meses Para o mitigar o problema, o Ministro dos transportes e comunicações, Mateus Magala e o Governador de Maputo, Júlio Parruque, decidiram criar um interposto para camiões, ou seja, uma terminar intermediária que deveria estar pronta em três meses, mas de acordo com o director da Trans African Concessions (TRAC), o terminal estará pronto em Agosto, ou seja, a construção registou um atraso de dois meses devido à chuva. Assim sendo, a construção da terminal levará cinco meses e não três meses, como o governador e o MTC previam. Neste momento, as obras estão a 50 por cento de execução. Mas enquanto a população aguarda pela terminal intermediária, que irá facilitar a mobilidade rodoviária, está estritamente proibida a circulação de camiões na EN4 durante a hora de ponta, ou seja, das 06h até às 08h e das 16h às 18h. Essa medida entrou em vigor no dia 1 de Abril. Contudo, mesmo com a proibição de camiões na EN4, o congestionamento ainda prevalece.
1 visualização0 comentário

コメント


bottom of page