CONTRIBUTO DA INDÚSTRIA EXTRATIVA PARA O PIB NACIONAL SUBIU 8,8 POR CENTO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
O contributo da indústria extractiva para o Interno Bruto (PIB) registou um crescimento que permitiu passar de 1,8 por cento em 2011, para cerca de 10,6 em 2022.
Segundo o presidente da república, Filipe Nyusi, esta subida, registada em cerca de uma década, reflecte um desenvolvimento do projecto de carvão de Moatize, localizado na província de Tete, região centro de Moçambique.
Reflecte igualmente o desenvolvimento dos empreendimentos de areias pesadas localizadas no distrito de Moma, província nortenha de Nampula; Pebane, nas províncias Zambézia, zona centro do país e o projecto de Chibuto, na província de Gaza, sul do país.
“Reflecte também o desenvolvimento dos projectos de Rubis e Grafite, na província de Cabo Delgado, o [desenvolvimento] do empreendimento do projecto de Gás Natural de Inhassoro, na província de Inhambane”, referiu.
Filipe Nyusi falava hoje, na cidade de Maputo, durante a cerimónia de abertura da 9ª Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique (MMEC- sigla inglesa), que se realiza sob o lema: Utilizando os recursos naturais de Moçambique para o desenvolvimento Económico Transnacional e Sustentável.
Para Filipe Nyusi, o sector extractivo impacta primariamente sobre as importações e nos efeitos sobre a rede de pequenas e médias empresas de fornecimento de bens e serviços, contabiliza uma grande parte de produção de pequena escala, cujo universo é estimado em 299.680 produtores em todo o país.
No quadro transição energética, Moçambique começou, este ano, o fornecimento de grafite produzido em Balama para uma unidade industrial de baterias nos Estados Unidos da América, o que simboliza o alcance e a importância crescente dos minerais estratégicos para o futuro.
“Enquanto este modelo se evidencia como gerador de rendimentos, pelas exportações e pelo canal fiscal de tributação, evidencia que as operações industriais e processamento para a retenção do alto valor estão localizados fora do continente, facto que se assegura contrários às intenções de industrialização do país”, disse.
"Gostaria que a conferência trabalhasse no sentido de que os investidores começassem a pensar em transformar tudo aqui, porque isso facilita e os custos hão-de ser menores de transporte e não só, vão dar a sua contribuição para empregar mais moçambicanos”, acrescenta.
Já a produção do Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), segundo o presidente da república, poderá cobrir cerca de 75 por cento das necessidades de consumo do mercado interno.
A presente edição da Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique conta, para além das empresas que actuam nas áreas de petróleo e energias, com a participação dos ministros das áreas de hidrocarboneto de Malawi, Tanzânia e Zimbabwe.
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