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Foto do escritorRedação

Fogo nos contentores de lixo uma prática que urge combater


A capital moçambicana Maputo e arredores registam, nos últimos tempos, um elevado número de casos de fogo posto no interior dos contentores de lixo, uma prática que se tornou comum e que resulta, em muitos casos, na sua destruição.

Os casos de fogo posto são por acção humana voluntária ou acidental.

A AIM apurou que a maioria dos casos ocorre no interior dos contentores metálicos, embora com menos frequência, os de plástico.

Nos locais de maior concentração de pessoas na cidade e arredores de Maputo é possível ver mulheres confeccionando refeições ou assando maçarocas com recurso a fogões a carvão.

São precisamente estas mulheres que, no fim das suas actividades, depositam cinza quente ou carvão aceso no interior dos contentores de lixo que acaba incendiando outros resíduos.

O director municipal de Ambiente e Salubridade na cidade de Maputo, Sérgio Manhique, disse que estão em curso campanhas de sensibilização dos munícipes para abandonarem estas práticas que geram prejuízos avultados à edilidade para a reposição do equipamento destruído.

“Estamos a sensibilizar as pessoas para evitarem estas práticas nocivas. Em paralelo, abrimos nos concursos espaço para as empresas contratadas para a recolha de lixo apagarem o fogo sempre que forem notificadas”, disse.

Segundo Manhique, os incêndios são mais frequentes no inverno, e são promovidos pelos moradores de rua durante a noite. Isso deve-se a proximidade das fogueiras dos contentores de lixo. O fogo é para se protegerem do frio.

Apesar da persistência dos casos de incêndio, a direcção Municipal de Ambiente e Salubridade na cidade de Maputo afirma que se regista num ligeiro abrandamento comparativamente aos anos anteriores, quando os casos de fogo no interior de contentores eram reportados diariamente.

É natural pensar que os contentores de metal são mais viáveis comparativamente aos de plástico, face a sua maior resistência ao fogo. Manhique, porém, garante que isso não corresponde a verdade.

Explica que os contentores metálicos são as principais vítimas do vandalismo para a extracção de seus componentes que depois são vendidos às sucatarias sem escrúpulos que compram como ferro velho.

“Acontece que o ferro tem o problema de ser roubado”, disse, explicando que uma das soluções menos onerosas é o uso de contentores plásticos”.

Segundo as autoridades municipais são recolhidas diariamente cerca de 1.200 na toneladas de lixo por dia.

Fonte - AIM
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