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Manica/zonas rurais: construídas mais de 2.600 fontes de água em 15 anos


Um total de 2.659 fontes de abastecimento de água potável foram construídas nos últimos 15 anos (2008/22), na província de Manica, centro de Moçambique.

Deste número, 2.460 estão operacionais e as restantes 199 ainda em fase de conclusão.
As zonas rurais na província de Manica são as que enfrentam maior escassez de água potável. Manica tem um universo de 2.4 milhões de habitantes.

Os dados foram apresentados esta quinta – feira (29), no distrito de Gondola, no decurso de uma mesa redonda organizada pela Assembleia Provincial de Manica, e organizações governamentais e não-governamentais que trabalham na área de água e saneamento do meio.

O chefe de Departamento de Água e Saneamento no Governo de Manica, Belito Manuel, disse que estão em construção 105 sistemas de abastecimento de água que vão beneficiar a população que reside nas zonas rurais.

“Neste momento, a taxa de cobertura de abastecimento de água é de 59,6 por cento, e a cobertura de saneamento rural é de 58,7 por cento. Portanto, ainda temos desafios que passam por mobilizar mais recursos para o incremento destas taxas”, referiu Manuel.

Ainda no período em referência, o governo, com o envolvimento de parceiros, construiu 13.769 latrinas melhoradas.

Três distritos, nomeadamente Manica Macossa e Guro foram declarados como sendo livres de fecalismo a céu aberto.

A fonte referiu que um dos desafios é garantir a sustentabilidade dos distritos declarados livres de fecalismo a céu aberto para não regredirem, e mobilizar fundos para a monitoria e avaliação das comunidades candidatas a regiões livres do fecalismo a céu aberto.

“Este desafio exige o esforço de todos os cidadãos, pois só assim é que estaremos a participar no combate a doenças de origem hídrica e de mãos sujas. O que pretendemos é que todos os doze distritos da província de Manica estejam livres deste mal”, disse.

Sem avançar montantes aplicados na construção de fontes de água e latrinas melhoradas, a fonte assegurou que o governo e parceiros estarão sempre juntos na melhoria das condições de vida da população.

No entanto, a presidente da Assembleia Provincial de Manica, Rosita Lubrino, afirmou que o evento reveste se de grande importância porque a taxa de cobertura de água potável ainda é baixa na província.

O encontro serviu para reflectir e desenhar estratégias com vista a encontrar soluções para a falta de água potável, problema agravado pelo deficitário saneamento do meio nas comunidades, principalmente nas zonas rurais.

Devido a insuficiência de fontes de abastecimento do preciso líquido, a população carenciada consome água impróprio extraída de poços tradicionais, rios e charcos.

“Muitos habitantes têm de percorrer longas distâncias a procura de fontes de água, muitas vezes imprópria para o consumo humano. Como consequência está o risco de eclosão de doenças hídricas, provocando vítimas”, sublinhou Rosita Lubrino.

Referiu que “por isso, o governo e parceiros têm estado a levar a cabo várias acções com vista a minimizar o drama, através de abertura de mais fontes e transformação de furos em pequenos sistemas de abastecimento de água potável”.

O encontro juntou, na mesma sala, membros da Assembleia Provincial de Manica, jornalistas, líderes comunitários, representantes de organizações não-governamentais, e académicos.

Foram debatidos temas como desafios do Executivo da província de Manica na mobilização de parcerias e recursos para a área de abastecimento de água e saneamento do meio, entre outros, incluindo o papel dos órgãos de comunicação social na disseminação de programas de impacto social e económico.
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