Mais de mil agricultores, incluindo homens e mulheres, residentes nas províncias de Maputo e Gaza, já beneficiaram directamente do Projecto de Emponderamento Económico de Mulher Rural de Moçambique (PAEF), financiado pelo governo do Canadá.
O PAEF, implementado pela Sociedade de Cooperação e Desenvolvimento Internacional (SOCODEVI), é um projecto com uma duração de um período de seis anos, durante o qual espera abranger directamente cerca de 2.000 mulheres e 500 homens e, indirectamente, 15.000 pessoas.
O projecto está orçado em cerca de 17,5 milhões de dólares canadianos (cifra equivalente a 832 milhões de meticais).
Rui Vasco, director das operações da SOCODEVI, que falava à margem da visita efectuada pela Vice-ministra Adjunta no Departamento de Parcerias e Inovações do Canadá, Patrícia Panã, diz que avaliando pelo número dos beneficiários e tendo em conta o impacto negativo da pandemia da Covid-19, o projecto está a ser executado e recebido de forma positiva.
“Temos uma meta de 2.000 mulheres e 500 homens. Até aqui temos cerca de 1.000 pessoas de ambos sexos, isso significa que ainda dentro do espaço vamos cumprir as metas”, refere.
“A parte condicionante na implementação e execução do projecto foi a Covid-19 que, por exemplo, impossibilitou a vinda de alguns membros do governo do Canadá durante o lançamento do projecto”,explicou.
A fonte diz que desde que arrancou a sua implementação o projecto trouxe impactos positivos, principalmente na produção, definição de preços e comercialização da batata-doce.
Ashraf Hassanein, director adjunto de cooperação na embaixada do Canadá, diz que a implementação do projecto em Moçambique surge no âmbito da política de assistência internacional feminista, empoderamento das mulheres e raparigas.
“Pretendemos, com este projecto, o empoderamento económico das mulheres para poderem ter independência e controlar sua vida e das suas famílias”, referiu.
Disse esperar que o SOCODEVI possa trazer a experiência do Canadá no cooperativismo, mostrando o seu potencial na geração de renda e melhoria do negócio.
Por sua vez, Shafee Sidat o administrador de Marracuene, distrito pioneiro na implementação do projecto, acredita que com a comunidade poderá conhecer mais um foco de desenvolvimento através do incremento dos investimentos resultantes do projecto.
“A grande importância deste investimento é a população. A partir do momento que ele impacta e melhora a vida das populações, para nós o projecto já está a capitalizar”, referiu.
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