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Primeiro-ministro reitera compromisso do governo na promoção do potencial mineiro energético


O Primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, aponta como acção prioritária do Executivo a maximização do potencial mineiro e energético que o país dispõe como factor para impulsionar a industrialização e crescimento económico.

Para o efeito, urge a implementação de projectos ligados ao sector da indústria extractiva, olhando sempre para o conteúdo local pelo seu potencial, para a criação de emprego.
Maleiane reafirmou o compromisso ontem (29), em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, norte do país, local que acolhe a cimeira de Indústria e Energia.

O evento de três dias, que teve o seu início ontem (29), tem por objectivo debater investimentos, oportunidades de negócios naquele canto do país, e junta investidores, tomadores de decisões e formuladores de políticas.

“Uma das acções prioritárias da nossa governação é promover e valorizar o potencial mineiro e energético, através de implementação de projectos para desenvolver a indústria, conforme plasmado no Programa Quinquenal do Governo 2020-2024”, disse o Primeiro-ministro.

Maleiane fez menção a uma intervenção do Chefe do Estado, Filipe Nyusi, proferida em Abril último, na qual defendia que os ganhos da exploração dos recursos naturais deveria reflectir-se na melhoria da qualidade de vida das populações e, ao mesmo tempo, servir de base para a diversificação da economia e financiamento dos sectores produtivos tradicionais.

“Foi tendo em conta esta abordagem que temos vindo a adoptar várias medidas e acções que encorajam e promovem o desenvolvimento do capital humano especializado”, vincou o PM Primeiro-Ministro.
Já o director Geral director-geral do empreendimento Coral Sul, FLNG, Giogio Vicini, referiu que graças aos recursos naturais que Moçambique dispõe precisa de se posicionar rapidamente como actor chave, tanto na transição energética, bem como nas discussões sobre as alterações climáticas.
Segundo Vicini, o facto de Moçambique emitir menos poluentes e, paradoxalmente, estar mais exposto aos eventos extremos que registam uma maior intensidade e frequência, pode ser a voz necessária para a mudança de abordagem sobreas alterações climáticas.

Ainda sobre a transição energética, Vicini mencionou novamente a possibilidade de a, Eni, maior accionista da FLNG, ancorada no Coral Sul, na Bacia do Rovuma, Cabo Delgado, avançar com uma segunda plataforma flutuante na Bacia do Rovuma, face a grande demanda mundial de gás natural e a disponibilidade existente no país.

A fonte referiu que o país deveria tirar proveito da situação geopolítica global, citando como exemplo o conflito Rússia-Ucránia, que abalou o mercado mundial.

“Está comprovado que existem reservas abundantes de gás em Moçambique e, nós como Eni, estamos a pensar em replicar o projecto Coral Sul. Estamos confiante que o gás de Moçambique é elemento de transição energética”, afirmou.

Durante a cimeira, foi assinado um memorando de entendimento entre a Associação de Conteúdo Local de Moçambique e o governo de Cabo Delgado, para apoiar os empresários nacionais a tirarem proveito da implantação dos mega-projectos.

Trata-se de um memorando de acesso ao financiamento que constitui um dos maiores problemas das Pequenas e Médias Empresas no país.

A cimeira de energia e indústria também serve de plataforma para a interacção entre os actores chaves do sector de energia, para acelerar os investimentos em Cabo Delgado, em particular, e no país, em geral.
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