Renamo exige tratamento digno para antigos guerrilheiros
O líder da Renamo, Ossufo Momade, quer tratamento digno para os antigos guerrilheiros do maior partido da oposição em Moçambique, em conformidade com os acordos assumidos entre as partes.
Momade manifestou o facto durante a cerimónia de encerramento da fase de Desarmamento e Desmobilização dos antigos guerrilheiros da Renamo, um evento que teve lugar sexta-feira (23) em Maputo.
“A nossa expectativa é vermos os combatentes desmobilizados, reintegrados condignamente, recebidos e aceites por todos”, disse.
Momade reconheceu a prontidão dos antigos guerrilheiros no cumprimento da missão de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) iniciado em Maio de 2016, que decorreu no meio de muitas adversidades.
Como exemplo, citou a criação da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, que tinha como mentor Mariano Nhongo.
A criação da Junta Militar, segundo Momade, foi uma tentativa de ver aquela formação política desavinda e afastada dos propósitos do alcance da paz, mas os antigos guerrilheiros “estiveram determinados, serenos e fiéis aos nossos ideais”.
Com o fim dos ataques perpetrados pelos homens armados da Renamo, que emergiram em 2014, sobretudo na região centro do país, Momade garante que o compromisso é continuar a defender os ideais daquela força política.
Momade reconheceu a participação activa do Presidente da República, Filipe Nyusi, para a conclusão do DDR, sublinhando que é um “parceiro dialogante em todo o processo e, sobretudo, porque soube dizer não às correntes que pretendiam eternizar o conflito por acharem que era uma oportunidade de enriquecer à custa do sofrimento das nossas populações”.
Aproveitou a oportunidade para apelar a comunidade internacional a manter o interesse e empenho na observação das eleições em Moçambique, como forma de contribuir para sua transparência e credibilidade.
Moçambique realiza a 11 de Outubro próximo, as sextas eleições municipais, tendo já recenseado mais de oito milhões de eleitores.
Participaram no evento os Presidentes do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa e do Botswana, Mokgweetsi Masisi, membros do corpo diplomático acreditado em Moçambique, membros do governo e demais convidados.
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